Sem dúvida, em tempos de grandes incertezas, como estas com que a
população mundial tem se defrontado, reconhecer se há verdade na informação é
vital.
Tudo está interconectado: informação x segurança x verdade x falsidade e
pode resultar em certezas ou incertezas, além de muitas inquietações.
Na Era Digital, cada pessoa está muito mais exposta aos danos e perigos
dos cyberataques do que às vantagens disponibilizadas pela tecnologia.
Nesse sentido, aquela mais nova propaganda da Apple, a que ao final se
coloca um cadeadinho na maçãzinha, indica a preocupação crescente com a
segurança dos dados. Ou seja, o cuidado com a privacidade.
A Apple estartou em 2019 uma campanha publicitária intitulada “Privacy
Matters”, em que confirma porque a empresa lidera esse segmento. Tornou-se emblemático
como a empresa privilegia cada vez mais a segurança das informações. Nesse
cuidado, tem provavelmente seu grande e real diferencial, se comparado ao
sistema andróide.
Importante observar que estas questões são complementares: a segurança
da informação e a informação segura.
Veja a seguir.
O CYBERATAQUE E O ROUBO DE INFORMAÇÕES
.
Mas, o que segurança tem a ver com veracidade ou falsidade de
informação? Tudo. Absolutamente tudo.
Informações privadas, pessoais ou corporativas, se apropriadas
inescrupulosamente por mentes indébitas, pode ser extremamente comprometedor.
A subversão e manipulação dessas informações podem acarretar insegurança
e até mesmo conflitos de proporções continentais.
Ninguém quer sair por aí vendo exposta sua privacidade, nem suas
informações pessoais ou sigilosas. Caindo na rede, podem causar reais prejuízos
à integridade e idoneidade de qualquer pessoa.
Por isso, proliferam no mercado novas tecnologias que prometem dar conta
dessa vulnerabilidade. O problema é o custo. Embora existam alguns bons
softwares gratuitos, acabam por serem limitados na eficácia.
Em alguns casos, são limitados também pelo tempo e disponibilizados
apenas para testes. É uma questão de pesquisa individual mesmo. Porque o que
não falta é “informação” sobre isso.
O CORONAVÍRUS
Imaginem uma situação como essa agora de risco de uma pandemia provocada
pelo Coronavírus! Toda a mídia está envolvida na divulgação das informações. Todavia,
o que é verdade? O que é falsa informação?
Até porque, inicialmente a maioria delas tem um caráter restrito, até
para não causar pânico. Acima de tudo, porque os próprios detentores do
conhecimento precisam também eles, serem formados e
"informados" sobre a matéria.
A OMS – Organização Mundial de Saúde detém o controle dessas informações
que chegam ao conhecimento da população, mas sempre filtrado. Entretanto, ainda
que, no intuito de alertar a população sobre os riscos de uma epidemia, a
confiabilidade da informação pode ser comprometida pela precipitação.
Desse modo, como reconhecer a verdade na informação? Simples, começando
pela idoneidade das fontes e como utilizam o aparato tecnológico para
transmitirem a informação.
A PROCURA DA INVIOLABILIDADE – AS NOVAS TECNOLOGIAS
As novas tecnologias têm procurado privilegiar e garantir as certezas
para a população em oposição às incertezas geradas pela invasão de privacidade.
Contudo, até mesmo a Apple pecou nesse quesito. Pelo menos é
o que circulou na mídia há poucos dias. A notícia da quebra de sigilo no
celular de Jeff Bezos, CEO da Amazon criou um precedente contra a tão afamada
segurança do Iphone.
Por que? Bem, Bezos detém o título de o homem mais rico da face da
terra. A invasão da privacidade desse homem afeta direta e substancialmente até
mesmo o curso do Mercado Financeiro Global. No entanto, essa foi a única vez em
que isso aconteceu? Sem precisar de nenhuma pesquisa aprofundada, pode-se
garantir que não.
Notícias sobre falhas sistêmicas, falhas de comunicação, interrupção
aleatória de serviços, periódicos ou permanentes, às vezes sem nenhuma
explicação, enfim. Um dia, você acorda e o Whatsapp não está funcionando. Outro
dia, o Facebook está fora do ar. Todo dia em todo o mundo, pessoas perdem
dados, são hackeadas, têm suas vidas invadidas e raramente são notícia de primeira
página.
Ok. Tudo bem. Errar é humano e mesmo a Apple não é invulnerável. Isso
depõe contra sua tecnologia? O Iphone vai deixar de ser o sonho de consumo de
mais da metade da população mundial economicamente ativa?
De fato, houve uma “falha” no software do Iphone, segundo declaração do
VP do Facebook. O que aconteceu com Bezos foi quebra de sigilo no Whatsapp.
Ora, todo mundo sabe que, para cada novo software do bem criado, existirão
talvez em maior número os especialistas na criação dos softwares do mal. Uma
coisa corre junto com a outra. É o mesmo princípio do vírus. Cria-se um
programa e uma infecção em paralelo, para se vender o remédio para isso.
COMO EVITAR ISSO? EXISTE
ESPERANÇA?
Não. Não há esperança. Existe prevenção, terapias, suporte técnico,
pedido de desculpas (ou não) e a contínua busca pelo aperfeiçoamento tecnológico.
O mercado está repleto de gênios da tecnologia. A robótica que há pouco
menos de 10 anos parecia ainda uma fronteira distante, hoje faz parte do
quotidiano das pessoas.
O aprendizado começa na mais tenra idade. Criança de 4 anos acessam o
You Tube. Manipulam um celular melhor do que muito adulto, enviam áudios por
Whatsapp, tiram fotos, e com 6 anos já conseguem fazer postagens.
Reconhecem downloads, não clicam em páginas aleatoriamente, são rápidas
no manuseio. E, sabem ainda como envergonhar um adulto atrapalhado com tantas
inovações, quando dizem: “Não. Não é assim, não. Deixo eu te mostrar como se
faz isso.”
E é bom que seja desse modo: que elas aprendam desde cedo para não
caírem em ciladas, porque é inevitável que elas tenham acesso à tecnologia.
É a geração Alpha. Mas, é até pertinente nesse caso, porque essa é a geração
(alpha) betizada com e pela tecnologia.
CONCLUSÃO
Enfim, essa talvez seja a grande esperança para se chegar a
inviolabilidade dos dados: ensinar, instruir sobre a aquisição das novas
tecnologias para o dia-a-dia. Sobretudo, desde a infância.
Mas, é claro com responsabilidade. Nas escolas, nos cursos especializados, mesmo em casa sempre sob supervisão responsável. Ninguém vai entregar um dispositivo
tecnológico, qualquer que seja na mão de uma criança e esperar que ela se vire
sozinha, principalmente no que tange à rede.
O importante é reconhecer que a tecnologia não é inimiga do homem. Ao
contrário, o avanço tecnológico é o que tem facilitado a vida neste planeta, em
todos os campos do saber. O negócio é utilizar seus recursos para melhorar o
quotidiano.
E, acima de tudo, verificar a confiabilidade das fontes.
Até a próxima, pessoal!
Autor: Anaise Almeida