quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

A INFORMAÇÃO NA ERA DIGITAL VERDADEIRA OU FALSA COMO RECONHECER?

Sem dúvida, em tempos de grandes incertezas, como estas com que a população mundial tem se defrontado, reconhecer se há verdade na informação é vital.

Tudo está interconectado: informação x segurança x verdade x falsidade e pode resultar em certezas ou incertezas, além de muitas inquietações.

Na Era Digital, cada pessoa está muito mais exposta aos danos e perigos dos cyberataques do que às vantagens disponibilizadas pela tecnologia.

Nesse sentido, aquela mais nova propaganda da Apple, a que ao final se coloca um cadeadinho na maçãzinha, indica a preocupação crescente com a segurança dos dados. Ou seja, o cuidado com a privacidade.

A Apple estartou em 2019 uma campanha publicitária intitulada “Privacy Matters”, em que confirma porque a empresa lidera esse segmento. Tornou-se emblemático como a empresa privilegia cada vez mais a segurança das informações. Nesse cuidado, tem provavelmente seu grande e real diferencial,  se comparado ao sistema andróide.

Importante observar que estas questões são complementares: a segurança da informação e a informação segura.

Veja a seguir.

O CYBERATAQUE E O ROUBO DE INFORMAÇÕES
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Mas, o que segurança tem a ver com veracidade ou falsidade de informação? Tudo. Absolutamente tudo.

Informações privadas, pessoais ou corporativas, se apropriadas inescrupulosamente por mentes indébitas, pode ser extremamente comprometedor.

A subversão e manipulação dessas informações podem acarretar insegurança e até mesmo conflitos de proporções continentais.  

Ninguém quer sair por aí vendo exposta sua privacidade, nem suas informações pessoais ou sigilosas. Caindo na rede, podem causar reais prejuízos à integridade e idoneidade de qualquer pessoa.

Por isso, proliferam no mercado novas tecnologias que prometem dar conta dessa vulnerabilidade. O problema é o custo. Embora existam alguns bons softwares gratuitos, acabam por serem limitados na eficácia.

Em alguns casos, são limitados também pelo tempo e disponibilizados apenas para testes. É uma questão de pesquisa individual mesmo. Porque o que não falta é “informação” sobre isso.

O CORONAVÍRUS

Imaginem uma situação como essa agora de risco de uma pandemia provocada pelo Coronavírus! Toda a mídia está envolvida na divulgação das informações. Todavia, o que é verdade? O que é falsa informação? 

Até porque, inicialmente a maioria delas tem um caráter restrito, até para não causar pânico. Acima de  tudo, porque os próprios detentores do conhecimento precisam também eles, serem formados e  "informados" sobre a matéria.

A OMS – Organização Mundial de Saúde detém o controle dessas informações que chegam ao conhecimento da população, mas sempre filtrado. Entretanto, ainda que, no intuito de alertar a população sobre os riscos de uma epidemia, a confiabilidade da informação pode ser comprometida pela precipitação. 

Desse modo, como reconhecer a verdade na informação? Simples, começando pela idoneidade das fontes e como utilizam o aparato tecnológico para transmitirem a informação.


A PROCURA DA INVIOLABILIDADE – AS NOVAS TECNOLOGIAS

As novas tecnologias têm procurado privilegiar e garantir as certezas para a população em oposição às incertezas geradas pela invasão de privacidade.

Contudo, até mesmo a Apple pecou nesse quesito.  Pelo menos é o que circulou na mídia há poucos dias. A notícia da quebra de sigilo no celular de Jeff Bezos, CEO da Amazon criou um precedente contra a tão afamada segurança do Iphone.

Por que? Bem, Bezos detém o título de o homem mais rico da face da terra. A invasão da privacidade desse homem afeta direta e substancialmente até mesmo o curso do Mercado Financeiro Global. No entanto, essa foi a única vez em que isso aconteceu? Sem precisar de nenhuma pesquisa aprofundada, pode-se garantir que não.

Notícias sobre falhas sistêmicas, falhas de comunicação, interrupção aleatória de serviços, periódicos ou permanentes, às vezes sem nenhuma explicação, enfim. Um dia, você acorda e o Whatsapp não está funcionando. Outro dia, o Facebook está fora do ar. Todo dia em todo o mundo, pessoas perdem dados, são hackeadas, têm suas vidas invadidas e raramente são notícia de primeira página.

Ok. Tudo bem. Errar é humano e mesmo a Apple não é invulnerável. Isso depõe contra sua tecnologia? O Iphone vai deixar de ser o sonho de consumo de mais da metade da população mundial economicamente ativa?

De fato, houve uma “falha” no software do Iphone, segundo declaração do VP do Facebook. O que aconteceu com Bezos foi quebra de sigilo no Whatsapp. 

Ora, todo mundo sabe que, para cada novo software do bem criado, existirão talvez em maior número os especialistas na criação dos softwares do mal. Uma coisa corre junto com a outra. É o mesmo princípio do vírus. Cria-se um programa e uma infecção em paralelo, para se vender o remédio para isso.

COMO EVITAR ISSO? EXISTE ESPERANÇA?

Não. Não há esperança. Existe prevenção, terapias, suporte técnico, pedido de desculpas (ou não) e a contínua busca pelo aperfeiçoamento tecnológico.

O mercado está repleto de gênios da tecnologia. A robótica que há pouco menos de 10 anos parecia ainda uma fronteira distante, hoje faz parte do quotidiano das pessoas.

O aprendizado começa na mais tenra idade. Criança de 4 anos acessam o You Tube. Manipulam um celular melhor do que muito adulto, enviam áudios por Whatsapp, tiram fotos, e com 6 anos já conseguem fazer postagens. 

Reconhecem downloads, não clicam em páginas aleatoriamente, são rápidas no manuseio. E, sabem ainda como envergonhar um adulto atrapalhado com tantas inovações, quando dizem: “Não. Não é assim, não. Deixo eu te mostrar como se faz isso.”

E é bom que seja desse modo: que elas aprendam desde cedo para não caírem em ciladas, porque é inevitável que elas tenham acesso à tecnologia.

É a geração Alpha. Mas, é até pertinente nesse caso, porque essa é a geração (alpha) betizada com e pela tecnologia.

CONCLUSÃO

Enfim, essa talvez seja a grande esperança para se chegar a inviolabilidade dos dados: ensinar, instruir sobre a aquisição das novas tecnologias para o dia-a-dia. Sobretudo, desde a infância.

Mas, é claro com responsabilidade. Nas escolas, nos cursos especializados, mesmo em casa sempre sob supervisão responsável. Ninguém vai entregar um dispositivo tecnológico, qualquer que seja na mão de uma criança e esperar que ela se vire sozinha, principalmente no que tange à rede.

O importante é reconhecer que a tecnologia não é inimiga do homem. Ao contrário, o avanço tecnológico é o que tem facilitado a vida neste planeta, em todos os campos do saber. O negócio é utilizar seus recursos para melhorar o quotidiano.

E, acima de tudo, verificar a confiabilidade das fontes.

Até a próxima, pessoal!

Autor: Anaise Almeida