sábado, 25 de setembro de 2021

 

                                                  A GERAÇÃO ROBLOX

Gente!

Expressão recorrente nos jogos do ROBLOX, muito usada pela Julia ou a Cris Minegirl, jogadoras do ROBLOX com canal no You Tube - https://www.youtube.com/channel/UCEOGSdXwcXcNfcuDGbjmgOw

De onde saiu este jogo?

Que febre é essa chamada ROBLOX?

De repente, não mais que de repente, esse tal de ROBLOX invadiu o mundo e virou a cabeça da garotada. Na verdade, está virando a cabeça de muita gente. Pais e mães que acabam por aderir ao jogo, para interagir no mesmo ambiente dos filhos e não deixar que fiquem sozinhos neste estranho novo mundo dos jogos virtuais.

O ROBLOX é uma plataforma de jogos pela Internet, baseado nas figuras dos LEGOS, em que o jogador pode escolher entre inúmeros cenários.

Esses cenários são pequenos “mundos”, nos quais o participante entra criando um avatar compatível. De fato, esse mesmo avatar pode ser o seu perfil permanente para todos os mundos possíveis, alterando apenas a movimentação.

Exceção feita ao BLOXBURG, porque precisa de 25 ROBUX para entrar  nesse jogo.

Então, o jogador escolhe um dos mundos e o adentra passando a habitá-lo como se fosse uma realidade mesmo.

A escolha da persona do avatar não é de livre criação totalmente. Isto porque o jogador deve se basear em personas preexistentes e compor com os rostos e acessórios já disponibilizados.

Funciona como uma loja: o jogador entra e escolhe quem quer ser. Tem o básico, acessível para todo mundo e vai até o mercado pago com Robux, o dinheiro do ROBLOX.

São inúmeros os cenários e as figuras, bem como as narrativas. Tudo com cara de LEGO. Aliás, LEGO está na moda.

MEEP CITY, MAPA DAY CARE, ADOPT ME, BROOKHAVEN, PARKOUR, FLEE THE FACILITY (MARRETÃO), TOWER F HELL, MURDER MYSTERY (olha os nomes!) são alguns dentre os mais famosos e concorridos jogos (mundos) do ROBLOX. Tudo com muita intensidade.

E... é aí que mora o perigo.

ROBLOX – UM MUNDO SUBSTITUTO


Fonte: 
https://www.dreamstime.com/photos-images/roblox.html

Esses jogos têm sido introduzidos até mesmo nas escolas como didática em aulas de robótica, o que demonstra o tamanho do sucesso de uma plataforma que saltou de 100 usuários em 2004, quando foi criado, para 700 milhões de jogadores ativos, no final de 2020, ano em que a pandemia do coronavírus assolou o planeta.

Com efeito, o ROBLOX acabou por ser um substituto do mundo real para a garotada sem opções de contatos presenciais. Eles entram no ROBLOX e transferem para aqueles ambientes toda a sua energia e expectativa de uma vida normal. Normal?

É preciso ter muito cuidado, porque o ROBLOX tem um aspecto viciante e perigoso. Perigoso, inclusive, pelos diversos cenários acessíveis a qualquer faixa etária sem qualquer restrição. Especialmente as crianças.

Assim, a criança, por exemplo, na faixa etária de 5 anos é capaz de adentrar um mundo adulto e violento, no qual ela pode até mesmo portar uma arma, como em Brookhaven, sendo um policial e sair atirando em todo mundo. Ou ser a Marretão, de Flee the facility , que persegue, aprisiona e mata quem ela quiser. OU se depara com o terror de MAPA DAY CARE, um monstro incandescente que persegue crianças em uma creche.

Tudo sob a égide da “brincadeira” e em tempos de pandemia, “escapismo e substituição do mundo real.”

Além disso, tem outro fator complicador: limitar o tempo de permanência no jogo sem causar uma hecatombe. A criança ou adolescente não quer deixar de interagir com seus “amigos” virtuais, se deixar, 24 horas por dia, 7 dias por semana.

OS GAMERS DO FUTURO

Fonte:https://www.vecteezy.com/

Como cada jogador é um criador de novos cenários e novos mundos sem que haja qualquer mediação, eles são reconhecidos pela comunidade como gamers em potencial. E, muitos há que pretendem perseguir o título como meta de vida, como profissão mesmo.

De fato, o gamer é uma profissão atualmente muito cobiçada, porque ela agrega dois prazeres da vida moderna – dinheiro e diversão. Quem não gosta de ganhar dinheiro se divertindo ao mesmo tempo?

A maioria das plataformas de jogos virtuais disponibiliza ao usuário, a interatividade. Não é nenhuma novidade, mas nem todas autorizam a livre criação, como é o caso desse jogo.

Daí, o enorme sucesso do ROBLOX e paradoxalmente o grande risco que envolve esse jogo. Isso sem falar nas implicações de ordem de saúde física e mental.

A exposição horas à fio à luz dos dispositivos eletrônicos, ao lapso de restrições quanto a faixa etária, à criação livre e sem parâmetros, causando uma perturbação no equilíbrio emocional, enfim.

CONCLUSÃO

O ROBLOX hoje é o jogo mais famoso do mundo todo, chegando a 40 bilhões de dólares de valor de mercado.

Isto porque é um jogo intuitivo, de facílima interação com uma interface leve e atraente, podendo ser acessado de qualquer dispositivo móvel.

Dados atualizados mostram o alcance massivo do ROBLOX, que somente no mês de agosto chegou à marca de 48 milhões de usuários por dia.

Entretanto, no que tange a liberdade de acesso, especialmente pelas crianças, pode ser um instrumento de formação de uma geração – a GERAÇÃO ROBLOX, com uma imagem ainda mais distorcida do mundo real.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

A INFORMAÇÃO NA ERA DIGITAL VERDADEIRA OU FALSA COMO RECONHECER?

Sem dúvida, em tempos de grandes incertezas, como estas com que a população mundial tem se defrontado, reconhecer se há verdade na informação é vital.

Tudo está interconectado: informação x segurança x verdade x falsidade e pode resultar em certezas ou incertezas, além de muitas inquietações.

Na Era Digital, cada pessoa está muito mais exposta aos danos e perigos dos cyberataques do que às vantagens disponibilizadas pela tecnologia.

Nesse sentido, aquela mais nova propaganda da Apple, a que ao final se coloca um cadeadinho na maçãzinha, indica a preocupação crescente com a segurança dos dados. Ou seja, o cuidado com a privacidade.

A Apple estartou em 2019 uma campanha publicitária intitulada “Privacy Matters”, em que confirma porque a empresa lidera esse segmento. Tornou-se emblemático como a empresa privilegia cada vez mais a segurança das informações. Nesse cuidado, tem provavelmente seu grande e real diferencial,  se comparado ao sistema andróide.

Importante observar que estas questões são complementares: a segurança da informação e a informação segura.

Veja a seguir.

O CYBERATAQUE E O ROUBO DE INFORMAÇÕES
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Mas, o que segurança tem a ver com veracidade ou falsidade de informação? Tudo. Absolutamente tudo.

Informações privadas, pessoais ou corporativas, se apropriadas inescrupulosamente por mentes indébitas, pode ser extremamente comprometedor.

A subversão e manipulação dessas informações podem acarretar insegurança e até mesmo conflitos de proporções continentais.  

Ninguém quer sair por aí vendo exposta sua privacidade, nem suas informações pessoais ou sigilosas. Caindo na rede, podem causar reais prejuízos à integridade e idoneidade de qualquer pessoa.

Por isso, proliferam no mercado novas tecnologias que prometem dar conta dessa vulnerabilidade. O problema é o custo. Embora existam alguns bons softwares gratuitos, acabam por serem limitados na eficácia.

Em alguns casos, são limitados também pelo tempo e disponibilizados apenas para testes. É uma questão de pesquisa individual mesmo. Porque o que não falta é “informação” sobre isso.

O CORONAVÍRUS

Imaginem uma situação como essa agora de risco de uma pandemia provocada pelo Coronavírus! Toda a mídia está envolvida na divulgação das informações. Todavia, o que é verdade? O que é falsa informação? 

Até porque, inicialmente a maioria delas tem um caráter restrito, até para não causar pânico. Acima de  tudo, porque os próprios detentores do conhecimento precisam também eles, serem formados e  "informados" sobre a matéria.

A OMS – Organização Mundial de Saúde detém o controle dessas informações que chegam ao conhecimento da população, mas sempre filtrado. Entretanto, ainda que, no intuito de alertar a população sobre os riscos de uma epidemia, a confiabilidade da informação pode ser comprometida pela precipitação. 

Desse modo, como reconhecer a verdade na informação? Simples, começando pela idoneidade das fontes e como utilizam o aparato tecnológico para transmitirem a informação.


A PROCURA DA INVIOLABILIDADE – AS NOVAS TECNOLOGIAS

As novas tecnologias têm procurado privilegiar e garantir as certezas para a população em oposição às incertezas geradas pela invasão de privacidade.

Contudo, até mesmo a Apple pecou nesse quesito.  Pelo menos é o que circulou na mídia há poucos dias. A notícia da quebra de sigilo no celular de Jeff Bezos, CEO da Amazon criou um precedente contra a tão afamada segurança do Iphone.

Por que? Bem, Bezos detém o título de o homem mais rico da face da terra. A invasão da privacidade desse homem afeta direta e substancialmente até mesmo o curso do Mercado Financeiro Global. No entanto, essa foi a única vez em que isso aconteceu? Sem precisar de nenhuma pesquisa aprofundada, pode-se garantir que não.

Notícias sobre falhas sistêmicas, falhas de comunicação, interrupção aleatória de serviços, periódicos ou permanentes, às vezes sem nenhuma explicação, enfim. Um dia, você acorda e o Whatsapp não está funcionando. Outro dia, o Facebook está fora do ar. Todo dia em todo o mundo, pessoas perdem dados, são hackeadas, têm suas vidas invadidas e raramente são notícia de primeira página.

Ok. Tudo bem. Errar é humano e mesmo a Apple não é invulnerável. Isso depõe contra sua tecnologia? O Iphone vai deixar de ser o sonho de consumo de mais da metade da população mundial economicamente ativa?

De fato, houve uma “falha” no software do Iphone, segundo declaração do VP do Facebook. O que aconteceu com Bezos foi quebra de sigilo no Whatsapp. 

Ora, todo mundo sabe que, para cada novo software do bem criado, existirão talvez em maior número os especialistas na criação dos softwares do mal. Uma coisa corre junto com a outra. É o mesmo princípio do vírus. Cria-se um programa e uma infecção em paralelo, para se vender o remédio para isso.

COMO EVITAR ISSO? EXISTE ESPERANÇA?

Não. Não há esperança. Existe prevenção, terapias, suporte técnico, pedido de desculpas (ou não) e a contínua busca pelo aperfeiçoamento tecnológico.

O mercado está repleto de gênios da tecnologia. A robótica que há pouco menos de 10 anos parecia ainda uma fronteira distante, hoje faz parte do quotidiano das pessoas.

O aprendizado começa na mais tenra idade. Criança de 4 anos acessam o You Tube. Manipulam um celular melhor do que muito adulto, enviam áudios por Whatsapp, tiram fotos, e com 6 anos já conseguem fazer postagens. 

Reconhecem downloads, não clicam em páginas aleatoriamente, são rápidas no manuseio. E, sabem ainda como envergonhar um adulto atrapalhado com tantas inovações, quando dizem: “Não. Não é assim, não. Deixo eu te mostrar como se faz isso.”

E é bom que seja desse modo: que elas aprendam desde cedo para não caírem em ciladas, porque é inevitável que elas tenham acesso à tecnologia.

É a geração Alpha. Mas, é até pertinente nesse caso, porque essa é a geração (alpha) betizada com e pela tecnologia.

CONCLUSÃO

Enfim, essa talvez seja a grande esperança para se chegar a inviolabilidade dos dados: ensinar, instruir sobre a aquisição das novas tecnologias para o dia-a-dia. Sobretudo, desde a infância.

Mas, é claro com responsabilidade. Nas escolas, nos cursos especializados, mesmo em casa sempre sob supervisão responsável. Ninguém vai entregar um dispositivo tecnológico, qualquer que seja na mão de uma criança e esperar que ela se vire sozinha, principalmente no que tange à rede.

O importante é reconhecer que a tecnologia não é inimiga do homem. Ao contrário, o avanço tecnológico é o que tem facilitado a vida neste planeta, em todos os campos do saber. O negócio é utilizar seus recursos para melhorar o quotidiano.

E, acima de tudo, verificar a confiabilidade das fontes.

Até a próxima, pessoal!

Autor: Anaise Almeida